Dois casos de gripe aviária foram detectados em pinguins-de-magalhães no estado de Santa Catarina, de acordo com informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esses focos foram identificados em aves marinhas selvagens em São Francisco do Sul, no Litoral Norte, e em Laguna, no Litoral Sul, na última quinta-feira (3). A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) confirmou hoje que as aves de granja, que são destinadas ao consumo, não foram afetadas por essa gripe aviária.

No total, nove casos foram relatados no estado, envolvendo diferentes espécies, incluindo seis aves da espécie trinta-reis-real e uma galinha de quintal. Apenas os dois casos mais recentes continuam em curso, de acordo com o Mapa. É importante observar que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existem registros de transmissão da doença para humanos através do consumo de carne de frango ou ovos devidamente cozidos.
A Gripe
A gripe aviária, causada pelo subtipo H5N1 do vírus Influenza, principalmente afeta aves, sendo menos frequente em mamíferos e humanos. O vírus H5N1 foi isolado pela primeira vez em gansos na província de Guangdong, China, em 1996, apesar da Influenza Aviária ter sido diagnosticada em aves desde 1878 na Itália.
Os vírus Influenza são categorizados em Baixa Patogenicidade (LPAI) e Alta Patogenicidade (HPAI):
- Baixa Patogenicidade: Afeta as aves de maneira leve e, muitas vezes, sem sintomas aparentes. A taxa de mortalidade é baixa nesse caso.
- Alta Patogenicidade: A doença se apresenta de maneira mais severa, se espalha rapidamente entre as aves e resulta em alta mortalidade.
Os sinais de aves suspeitas de gripe aviária incluem mortalidade repentina e alta, apatia intensa, sintomas respiratórios como corrimento nasal, conjuntivite e dificuldade respiratória, além de sintomas neurológicos como falta de coordenação motora, paralisia e torcicolo. Outros sinais também podem incluir diarreia e manchas azuladas na crista e barbela das aves.