Apenas uma parcela de 17% dos pais faz uso de ferramentas para monitorar as atividades de seus filhos na internet, de acordo com uma pesquisa encomendada pelo Google à Nielsen. A pesquisa revela que há uma falta de compreensão sobre o uso da tecnologia para controle parental, apesar das preocupações dos pais com os tipos de conteúdo aos quais seus filhos têm acesso online.
Pesquisa
A pesquisa, que entrevistou 1820 pais brasileiros com filhos entre 5 e 17 anos, buscou entender como as crianças e adolescentes navegam na internet e quais medidas os pais adotam para protegê-los de conteúdos inadequados, assédio e outros riscos online. Embora a maioria dos pais afirme supervisionar o uso da internet por seus filhos, com 60% relatando supervisão constante e 36% em momentos específicos, apenas 4% afirmaram não realizar nenhum tipo de monitoramento.

No entanto, apesar da preocupação em relação ao conteúdo acessado e às interações online, uma parcela pequena de 17% dos entrevistados admitiu utilizar ferramentas online de controle parental. A forma mais comum de monitoramento continua sendo a observação direta, com 42% dos pais relatando que controlam a navegação ao observar as telas dos dispositivos utilizados pelas crianças. Adicionalmente, 21% monitoram o histórico de navegação, enquanto 6% aplicam senhas para bloquear o acesso.
Segundo os especialistas, o estudo demonstrou que a tendência é que o monitoramento por observação diminua à medida que as crianças crescem, pois elas ganham mais autonomia.
Oportunidade
Diante desse cenário, a Google vê a oportunidade de promover suas ferramentas direcionadas a crianças e adolescentes, bem como recursos de controle parental, como o Google Family Link, para auxiliar os pais nesse processo. A pesquisa também revelou que o uso de dispositivos digitais entre crianças e adolescentes é crescente, sendo que 78% dos pais afirmam que seus filhos têm seus próprios celulares. O celular é o dispositivo mais utilizado (93%), seguido por computadores (54%) e TVs conectadas (40%). O estudo também constatou que a maioria das crianças (34%) passa de uma a duas horas online por dia, enquanto os adolescentes (13 a 17 anos) passam em média três horas ou mais online diariamente.
Fonte: Google / Nielsen
Texto: Camilla Carvalho