Adentramos em outubro, o mês que é reconhecido internacionalmente como Outubro Rosa pela luta sobre a conscientização sobre o câncer de mama. Esse movimento que começou a ocorrer na década de 90 nos Estados Unidos, quando a Fundação Susan G. Komen utilizou laços rosas para promover a primeira corrida pela causa das mulheres. Desde então, o mundo se solidarizou com essa causa e passou a adotar outubro como o mês para falar sobre a saúde, prevenção e diagnóstico.
Sobre o câncer de mama
Esse é o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo. No Brasil, no ano de 2020, mais de dois milhões de mulheres foram diagnosticadas. E o alto índice também é frequente, além de ser uma das causas de mortalidades em mulheres.
Sintomas

Os principais sintomas são nódulos, pele da mama avermelhada, alterações no mamilo, saída de líquido de um dos mamilos e o aparecimento de nódulos embaixo do pescoço e axilas.
Fatores de risco
Não existe apenas uma causa para o câncer de mama, mas fatores como envelhecimento, histórico familiar, consumo excessivo de álcool e outras drogas, sobrepeso e obesidade, sedentarismo e exposição a radiações podem ser alguns dos riscos.
Saúde mental
Receber o diagnóstico da doença é complicado, além de que conviver com os efeitos colaterais dos tratamentos, os desgastes emocionais e físicos afetam a saúde mental do sujeito. E com isso, torna-se necessário falar sobre a saúde mental na vida dessas mulheres.
Compreender a nova realidade pode ser uma tarefa árdua e por muitas das vezes enquanto a mulher vai em busca de seus tratamentos, ela pode não se permitir sentir as diferentes emoções que podem surgir disso. E um dos passos importantes é se permitir sentir a tristeza, a frustação, decepção, viver os dias em que os sentimentos não sejam bons, não se privando deles.

Em situações difíceis, como os casos em que recebemos notícias que não desejamos, é normal sentirmos tristeza e aceitar isso também é importante. E falar sobre elas é necessário, pois é por meio disso em que o sujeito acha maneiras de dissipar os pensamentos e sentimentos negativos.
Outro fator que pode se abalar ao receber um diagnóstico como o do câncer é a autoestima ou visão que a mulher tem de si. Por muitas das vezes ela pode vir a se sentir desconectada de si mesma. Com as mudanças que ocorrem no corpo, ela perde sua identidade e isso pode desencadear crises de ansiedade e depressão. É importante ressaltar para essas mulheres que elas são para além da sua patologia, que ela é quem é, não a doença que enfrenta.
Psicoterapia
Durante o processo de tratamento, e o pós também, as mulheres podem enfrentar dificuldades para sentirem-se bem consigo mesma. Podem tentar se isolar, ou como dito anteriormente, perderem sua identidade. E por meio disso, nota-se a importância da psicoterapia na vida delas. Uma forma de auxílio e suporte, de escuta e acolhimento.
Seja em outubro ou nos outros meses do ano, é importante relembrarmos a importância da saúde física e mental das mulheres. Todos os anos é necessário realizar exames de prevenção ao câncer, ficar de olho nos sinais que aparecem no corpo e de buscar por ajuda profissional em caso de desconfiança. Quando o câncer de mama é descoberto no seu início, as chances de tratamento são maiores!
Texto: Bianca Scheuer