A produção de arroz no Brasil deve ficar abaixo de 10 milhões de toneladas ao final da safra em 2023, algo que não acontece há 25 anos, segundo estimativa da Companhia Nacional do Abastecimento. A estimativa de produção de arroz já havia sido reduzida em 1,8% em março ante o estimado em fevereiro. O País deve colher 7,6% menos arroz em comparação a 2022, uma perda de 812,0 mil toneladas. A queda é resultado de uma combinação de problemas climáticos e de redução na área plantada com o grão.
O presidente da Associação Catarinense dos Produtores de Sementes de Arroz Irrigado – ACAPSA – Rogério Dagostin, destacou que atualmente se vive o fenômeno El Nino, em que a temperatura é mais quente e ocorrem mais chuvas. A partir disto é inevitável as doenças no arroz. “ A previsão é de um El Nino de médio para forte para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Rio Grande do Sul seriam necessárias duas semanas de sol para ajudar na produção de arroz agora, mas a programação é só de chuva. Vale lembrar que o El Nino de provocou os mesmos prejuízos. Só teremos uma ideia mais clara de novembro para dezembro”, frisou.
Rogério entende que realmente haverá queda na produção do arroz, mesmo com aumento da área plantada, mas menos produção causadas pelas doenças. “ Os anos mais secos e frios são os melhores para a agricultura, mas as chuvas fazem parte da pior fase”, frisou.
Texto: Rogemar Santos